domingo, 5 de julho de 2015

Métodos contraceptivos e a inteligência da auto-observação

Seja bem vinda! Esse é o primeiro post do blog. Escolhi esse tema porque, além de ser algo que venho aplicando na minha vida há algum tempo, quero te fazer refletir sobre escolhas e, se as escolhas que você fez até hoje foram suas ou as que a "sociedade" afirma ser o melhor para você. Trouxe um apanhado geral sobre os métodos contraceptivos e começo a falar um pouco sobre a auto-observação. Se conhecer bem pode ser a melhor forma de prevenção e conexão consigo. Segue... :}

Há quase 3 anos eu deixei de tomar pílulas anticoncepcionais. Na verdade eu nunca me adaptei totalmente e sempre me incomodou o fato de estar ingerindo quantidades de hormônios e bloqueando os meus ciclos. É claro que isso deve ser uma escolha totalmente pessoal da mulher. E creio que ela precisa ser feita de forma consciente, levando em conta os preços que se paga ao adotar qualquer tipo de método.

Existe uma cultura muito forte de que os métodos hormonais são melhores, mais eficientes e te livram do seu ciclo chato de menstruação. Muitas mulheres, optam por isso por medo e falta de informação. Além disso, somos levadas à crer, de forma generalizada, que os hormônios não fazem tão mal assim ao nosso corpo. Dentre vários sintomas, podemos citar: alterações de humor, aumento de tensão arterial, alteração da tiroxina da tireoide, aumento de peso e redução da libido e da lubrificação vaginal. E também aumentam as chances de depressão, trombose, embolia, enfarto, AVC. Fora que optando pelo hormônio a mulher não ovula - consequentemente não menstrua - e, aos poucos é nos tirada nossa base feminina: nossos ciclos. Nossos ciclos são muito importantes e devemos buscar conhecer e amar eles - não à odiá-los como somos ensinadas. 


Como disse  antes, é importante que você conheça os métodos contraceptivos e o que cada um pode agregar na sua vida. Dentre os hormonais temos: anel vaginal, adesivo, DIU hormonal, pílula, implante, anticonceptivo injetável, pílula do dia seguinte. O último é um método muito agressivo, e deve ser evitado ao máximo. O DIU hormonal é o menos agressivo, considerando que libera os hormônios apenas no local (na vagina) mas, claro, ainda sim é agressivo e absorvido pelo corpo. E os de barreira: camisinhas masculina e feminina, diafragma e DIU de cobre. A mais popular - a camisinha: carrega seus pontos altos e baixos. Muitos homens alegam a diminuição do prazer, e algumas mulheres podem ter alergias ao látex (a feminina é de silicone e tem alguns pontos positivos, porém tem um preço salgado no mercado). Não é regra e tudo é uma questão muito pessoal. Os preservativos são essenciais na prevenção de doenças sexualmente transmissíveis e podem ser combinados a auto-observação do ciclo, durante a janela de fertilidade. Assim também com o diafragma - basicamente o diafragma é um anel de silicone colocado (no momento ou horas antes da relação, e retirado no mínimo 8 horas, e no máximo, 24 horas depois) dentro da vagina, que impede a passagem dos espermatozoides. O DIU de cobre é um dispositivo intrauterino em forma de T, que deve ser introduzido por uma/um profissional, durante a fase menstrual da mulher (quando o colo do útero está mais amolecido). A colocação costuma ser dolorida. Requer um acompanhamento médico semestral, e pode ficar entre 5 e 10 anos na mulher. É muito eficaz quando está bem colocado, mas se ocorrer deslocamento, perde a eficácia. Através de ultrassonografia é possível observar se está deslocado ou não. É comum que mulheres que usam esse DIU tenham a quantidade do sangramento menstrual aumentada e também seu período em um ou dois dias. Com esse método, a mulher continua tendo seus ciclos.


A inteligência da auto-observação

"Na antiguidade o ciclo menstrual da mulher seguia as fases da lua com tanta precisão, que a gestação era contada por luas. Com o passar dos tempos, a mulher foi se distanciando dessa sintonia e perdendo, assim, o contato com os ritmos do seu próprio corpo..." 

Esse método se aplica em toda fase reprodutiva da mulher e nos coloca em sintonia com o nosso corpo. Consiste na auto-observação de cada fase do nosso ciclo feminino. É preciso paciência para ir aprendendo reconhecer seu ciclos e os sinais do corpo através do muco. Pode parecer um preço caro a pagar mas, uma vez aprendido, traz o sentimento de gratidão e liberdade. 

A possibilidade de ocorrer fertilização no ciclo menstrual é limitada a 5 dias. Mesmo que seu ciclo seja irregular você vai conseguir acompanhar sua janela fértil aprendendo a reconhecer as fases da sua menstruação: a fase pré-ovulatória, a ovulação e a fase pós-ovulatória. O intervalo entre a ovulação e o sangramento menstrual tem pequenas variações de mulher para mulher, mas tende a ser constante para uma mesma mulher, e é cerca de 14 dias. Para isso é preciso fazer anotações diárias das observações do muco, pois ele é o elemento chave do método. Para uma melhor percepção, é indicado pelo menos 3 meses de anotações e não utilizar outros métodos contraceptivos aliados a esse (como preservativo ou diafragma), para que não modifiquem o padrão de muco. Após esse período isso pode ser feito.

Tipos de muco

Sem muco/seco, muco quase seco, opaco, pegajoso e em pouca quantidade indica infertilidade. O muco que se distingue desses padrões sugere uma alteração no nível de fertilidade. Se ele estiver liso, escorregadio, úmido, parecendo uma clara de ovo cru e formar um fio antes de se romper nos dedos, é sinal que você está em seu período fértil. Esse muco fértil pode ser claro, às vezes é turvo, vermelho, rosado, cor de café - devido algum pequeno sangramento que ocorra durante a ovulação. Em algumas mulheres a quantidade de muco é pouca e pode tornar a observação difícil mas, a sensação de vagina lubrificada indica fertilidade.

O muco fica bem na abertura da vagina e não será preciso procurar lá dentro. É legal criar um gráfico diário para visualizar seu padrão. O muco serve para sustentar os espermatozoides dentro da mulher, o óvulo vive cerca de 12 horas, e os espermatozoides vivem até 5 dias sustentados pelo muco tipo fértil. Relações até 5 dias antes do pico da fertilidade pode provocar gravidez. Para evitar, nos abstemos de relações sexuais ou usamos preservativos ou diafragma, durante os períodos:

  • Período menstrual - Pois caso ocorra muco fértil, pode não ser facilmente identificado junto com o fluxo menstrual.
  • Período que apresenta o padrão de muco fértil.

Os espermatozoides não podem passar pelo colo uterino para fertilizar sem o muco fértil, porque o ambiente vaginal nessa circunstância é hostil para eles!!!

Confesso que esse método de auto-observação é algo que tenho incluído recentemente nos meus ciclos. Antes, me atentava somente a tabelinha - que graças ao ciclo regular - sempre funcionou bem. A sensação de conhecer mais sobre como o meu corpo reaje a cada fase do ciclo é muito boa. E acaba se estendendo à todas as áreas da minha vida. É uma auto conhecimento mesmo. Aprendemos lidar bem melhor com essas bombas de hormônios naturais, que recebemos todos os meses. E que influenciam no corpo e nas nossas emoções. Eu uso um aplicativo chamado OvuView que é bem completo, depois de 6 meses de anotações ele mesmo começa a te mostrar os dias de janela fértil. Também indico o Love cycles, facinho de usar e bem básico.  

Por hoje é isso, senão este post vai ficar gigantesco. Pretendo fazer um post bem completo sobre o "Método de Ovulação Billings (MOB)", mais detalhado e com dicas.



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Fontes: Blog mimosa flor, wikipédia

Um comentário:

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